A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

Paulo Freire

Curso TICS - 100h

CURSO
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 
 ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC
100 horas



“A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."                                               
 Eduardo Galeano

Sejam bem-vindos para continuarmos nossa
caminhada rumo ao sucesso de nossos alunos.







UNIDADE 1

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO




1º Encontro:



Atividade 1.4
Faça uma pesquisa, na sua escola, para levantar quais tecnologias são mais utilizadas e de que forma isso vem acontecendo. Analise, também, se as tecnologias estão sendo utilizadas para apoiar práticas tradicionais ou se potencializam a produção ou a modificação de propostas pedagógicas.
Orientações para a atividade:
     1.    Entreviste professores de sua escola e colete dados sobre as tecnologias que costuma utilizar em suas aulas e de que forma as utilizam. Defina o número de professores de acordo com sua disponibilidade de tempo. Quanto maior for o número de entrevistas, mais completa será a análise; entretanto, no caso de entrevistar um pequeno número, focalize nos colegas que estão mais engajados com a integração tecnologia na escola.
    2.    Organize uma síntese das informações coletadas, usando a  planilha de referência, disponibilizada aqui.
     3.    Elabore uma breve apresentação no Impress ( 5 a 6 slides) com suas conclusões acerca do uso das tecnologias na sua escola, para debater com seus colegas no próximo encontro presencial.
     4.    Salve o documento e a planilha em uma pasta, e salve os arquivos em cd ou pen drive para fazer a apresentação no encontro presencial.
    Atividade 1.5
    Tutorial do cmap tools

    O que é WebQuest?
    A WebQuest é uma atividade didática para os ensinos Fundamental, Médio e Superior para incluir nas aulas a Internet, em especial a busca de informação na Rede. Pode desenvolver o pensamento reflexivo e crítico dos alunos, como também estimular a sua criatividade.
    O principal objetivo da WebQuest é desenvolver a pesquisa dos alunos em sites da Internet com critérios e perguntas especificadas pelos professores. A busca pode ser realizada em grupos ou individualmente, conforme o tempo disponível, o tema curricular abordado e a idade dos alunos.  Contudo, é importante ressaltar que apresenta melhores resultados se realizada em grupos.
    Pelas WebQuests, propõem-se aos alunos a resolução de um determinado problema e, ao finalizar a tarefa, eles expõem de algum modo suas conclusões. Os estudantes simulam um papel, por exemplo, ser jornalista para investigar a crise energética que afeta uma região.
    Desse modo, as WebQuests utilizam problemas ou situações do mundo real e tarefas autênticas para despertar o interesse dos alunos. Sua base teórica é construtivista, o que permite aos alunos transformar a informação e compreendê-la. Suas estratégias de aprendizagem colaborativa ajudam os estudantes a desenvolver habilidades e a contribuir com o produto final do grupo, que pode ser uma produção escrita, oral ou eletrônica, uma obra teatral, um jornal escolar e um material de divulgação, entre outros.
    Podemos distinguir seis elementos em uma Webquest:
    Introdução: apresenta as informações básicas aos alunos, orientando-os sobre o que vão encontrar na atividade proposta. Além disso, tem como objetivo despertar o interesse deles para realizar o trabalho, isto é, motivá-los para começar.
    Tarefa: descreve o que os alunos deverão elaborar ao finalizar o trabalho. Os projetos podem ser uma página Web, uma apresentação em PowerPoint ou uma exposição oral do tema trabalhado (de acordo com o que o professor planejou).
    Processo: especifica os passos que os alunos devem fazer para concretização da tarefa, incluindo orientações sobre como subdividir as tarefas, detalhes dos papéis que podem assumir cada um dos alunos e estratégias de trabalho.
    Recursos: disponibiliza aos alunos uma lista de sites Web a serem consultados para a realização do trabalho. Previamente, o professor tem que verificar se esses sites são confiáveis e estão atualizados de acordo com o tema em questão. Essa seleção de sites facilita a navegação pela rede e evita desvios do tema central. Podem ser incluídos outros recursos que não sejam da Internet.
    Avaliação: nessa parte, são explicados os critérios que serão utilizados na avaliação do trabalho.  Conclusão: corresponde à finalização da atividade. Apresenta um resumo que leva à reflexão da atividade para reconhecer o que foi aprendido.
    Orientações para construção de uma WebQuest  

    A proposta de trabalho de uma WebQuest implica certas considerações por parte dos professores para a sua construção:

    Tempo
    - Qual é o tempo que podemos dedicar para atividade?
    - Quanto tempo estimamos para cada etapa da atividade?

    Recursos- Dispomos de computadores necessários na escola?
    - Possuímos conexão com Internet?
    - Os alunos possuem computadores em suas casas?

    Participantes 
    - Qual a idade dos alunos? Quantos são? 

    Organização
    - É mais proveitoso que o trabalho seja realizado individualmente ou em grupo?
    - Qual será o número de integrantes de cada grupo?

    Temática 
    - Que tema do currículo queremos ensinar?
    - Trabalhamos só com conteúdos de nossa disciplina ou realizaremos um trabalho interdisciplinar?

    Atividade
    - Construíremos essa atividade para: dar início a um novo tema, avaliar o progresso dos estudantes na aprendizagem de um tema já apresentado ou articular uma sequência de conteúdos que trabalhamos?

    Informação- Na seleção do material para os alunos trabalharem, levamos em conta os critérios de validação de informação da Web?

    ExposiçãoDe que maneira queremos que, na finalização da atividade, os estudantes apresentem seus aprendizados?
    Existem várias WebQuest já construídas na Web, e você também pode construir a sua. Confira algumas sugestões de sites sobre WebQuest:
    Webquest Aprendendo na Internet
    Uma webquest sobre webquest
    PHP Webquest - ferramenta para criar WebQuest
    Construtor de Webquest
    Fonte de Pesquisa:

    Atividades:

    TUTORIAL - WEBQUEST


    UNIDADE 2

    INTERNET, HIPERTEXTO, HIPERMÍDIA

    Vídeo Hipertextualidade


     Assista também o vídeo abaixo:

    Tecnologia na Educação: os alunos que ensinam os professores no CIEP Adão Pereira Nunes, no Rio de Janeiro

    http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/video-tecnologia-educacao-conheca-alunos-monitores-ciep-adao-pereira-nunes-rio-janeiro-694597.shtml?fb_action_ids=473452849332066&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=246965925417366

    Atividades: 

    [Atividade 2.5: Criando um portfólio em hipertexto, o seu hiper-portfólio.] individual, instrumentação, a distância; nível de intervenção – planejamento.  

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------

    [Atividade 2.6: Planejando uma atividade com hipertexto ou internet] em grupos; a distância.


    Ler as seguintes ATIVIDADES:

    => Fazer a atividade 2.9

    [Atividade 2.7: Execução do planejamento já realizado] em grupos, a distância, intervenção: execução, observação e registro  [Atividade 2.8: Um registro digital da experiência – o hipertexto] em grupos, a Distância, intervenção na prática: reflexão, instrumentação 

    [Atividade 2.9: Outro registro digital: uma apresentação de slides] Em grupos, a distância; instrumentação; intervenção: registro e reflexão
    [Atividade 2.10: Visitando a Wikipédia] em duplas, presencial, instrumental 

    [Atividade 2.11 – Navegando pela Wikipédia e pelo wikcionário ]individual; a distância; instrumentação.

    [Hipermídia Conhecendo a Wiki]
    UNIDADE 3

    CURRÍCULO, PROJETOS E TECNOLOGIAS

    Atividade 3.1

    Atividade 3.1] Contextualizando a mudança: grupo, reflexão, presencial]
    Fórum:

    Atividade 3.2

    [Atividade 3.2] Contextualizando a mudança - da teoria à prática: individual/grupo, a distância, nível de intervenção na prática – execução] 
    Hagáquê
    APOSTILA HAGÁQUÊ


    UNIDADE 4
    PRÁTICA PEDAGÓGICA E MÍDIAS DIGITAIS


    Atividade 4.1
    http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod86886/unidade%204/pg2.html


    .            Assista ao vídeo. Vídeo – Bloco do Passo:


    2.      Leia o texto: “Saltos no Tempo”, do Bloco do Passo.
    Esse trabalho do Professor Lucas com o Bloco do Passo inspira alguma idéia de como trabalhar na escola? E para o trabalho com tecnologia, traz alguma idéia? Considere o seguinte aspecto: cada um dos participantes do Bloco do Passo faz um movimento diferente para que o trabalho seja o que é. Será que com computadores podemos fazer coisa semelhante, delegando a cada membro de um grupo uma tarefa diversa e chegando a um trabalho que é de todos e de cada um? Será que faz sentido desenvolver na escola um trabalho que resultará em aprendizagens e experiências diversas para os diferentes alunos? Quase a mesma questão colocada sob outro prisma: será que alguma vez todos os alunos de uma mesma turma aprendem as mesmas coisas?

    Registre suas reflexões no Fórum





    - Conhecendo objetos em multimídia









    Atividade 4.2
    http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod86886/unidade%204/pg3.html

    Atividade 4.3
    http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod86886/unidade%204/pg4.html

    Transformando a escola num local de produção de mídias



    Atividade 4.4
    http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod86886/unidade%204/pg7.html

    Podcast
    http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod86886/unidade%204/pg7.html

    http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod82965/podcast.htm

    Tutorial Audacity
    http://penta3.ufrgs.br/tutoriais/Audacity/


    Oficina de Edição Digital - Audacity - Módulo 1 from Programa Nas Ondas do Rádio

    Video tutorial para criar vinheta no Audacity:
     http://www.youtube.com/watch?v=lPDvqtxVstc 

    Vídeo aula editando aúdio no audacity: 
    http://www.youtube.com/watch?v=0XhZMFImKB8&feature=related 
     Video aula removendo a voz de uma música:
     http://www.youtube.com/watch?v=vLDNq_Fr1lA&feature=related 

    Leia mais e baixe o Audacity em: http://www.baixaki.com.br/download/audacity.htm#ixzz1x82mpO75



    Acesse aqui também:http://oficinacriandopodcast.blogspot.com.br/


    Uso do Rádio na Escola

      Rádio na Educação - Rádio Escolar


    Creio que o rádio é pouco usado em nossas escolas.
    Entretanto, se houvesse um envolvimento sério de professores, alunos, direção; enfim, toda a Comunidade Escolar, seria possível implantar um projeto com o uso do rádio.
    Acredito que os alunos poderiam liberar a imaginação, conseguindo ser ouvidos pela Comunidade, usando este recurso que valoriza a oralidade e possibilita o uso e desenvolvimento da criatividade, além de iniciar o diálogo com um mundo que se encontra para além dos muros da Escola.


    Podemos destacar no uso do rádio:
    1) Que apesar de tratar-se de uma mídia “antiga” tem papel relevante em nossa sociedade, onde a competência dos comunicadores soube ajustar a mesma as mudanças impostas por esta sociedade;


    2) É um meio de comunicação de massa atingindo todas as regiões, muitas vezes constituindo-se no único veículo de comunicação, principalmente em zonas rurais e de difícil acesso;


    3) Na educação:
    a) O rádio já foi mais utilizado, sendo pioneiro na educação à distância – anos 70 e 80 principalmente;


    b) Atualmente destacam-se algumas experiências bem sucedidas no que se refere o uso da rádio escolar, quando contemplada no projeto pedagógico da escola e com o comprometimento do corpo docente e discente.


    c) O rádio leva grande vantagem em relação às outras mídias, visto a sua simplicidade. Principalmente no que se refere aos recursos tecnológicos necessários para se colocar uma rádio escolar em funcionamento, por exemplo, dentro da sala de aula ou mesmo no pátio da escola, funcionando durante os recreios.


    d) As grandes possibilidade de uma rádio escolar, ultrapassar os limites da escola, e atingir o Mundo através da Web desenvolvendo novos talentos, despertando interesse nos alunos pela utilização de softwares de edição de sons (Audacity, Movie Maker).


    Neste caso, a rádio escolar vai além... através da criação de Podcasts e a sua hospedagem, por exemplo, no PodOMatic, que oferece 500 MB para podcasts e tráfego mensal (download de áudio) de 15GB.
    Você pode ter mais informações no endereço:http://info.abril.com.br/web20/122.shtml  .
    Ou então,visite o Site do PodOMatic: http://www.podomatic.com  .
    Veja também o tutorial de como se colocar um podcast no ar no endereço:


    Portanto as possibilidades são muitas, basta termos a iniciativa e a vontade de que a utilização desta mídia no processo de ensino-aprendizagem torne-se uma realidade dentro das nossas escolas.



    Exemplos:

    http://www.podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=5778

    http://www.mensagensavf.blogspot.com.br/




    Utilização do vídeo, CD e DVD na sala de aula


    Photobucket


    José Manuel Moran

    A seguir são apresentadas sugestões de utilização de vídeo, CD e DVD.



    Vídeo como produção

    -- Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do
    meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do
    empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

    -- Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa, um material audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.

    -- Vídeo como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada à
    sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos.

    Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los.


    Vídeo como avaliação

    - Vídeo espelho. Vejo- me na tela para poder compreender- me, para descobrir meu corpo, meus gestos, meus cacoetes. Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de
    vista participativo, para incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito
    para darem mais espaço aos colegas.

    O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos.


    Vídeo como integração/suporte de outras mídias


    Vídeo como suporte da televisão e do cinema.


    Gravar em vídeo programas importantes da televisão para utilização em aula. Alugar ou comprar filmes de longa metragem, documentários para ampliar o conhecimento de cinema, iniciar os alunos na linguagem audiovisual.

    Vídeo interagindo com outras mídias como a Internet, o CD- ROM, o DVD, com os videogames, com o telefone e conexões em banda larga. Começamos a perceber a aproximação do computador e da televisão. Começamos a poder ver e ouvir
    outras pessoas através de conexões de alta velocidade, o que ampliará o conceito de aula, do presencial e do virtual.


    Orientações para o uso

    Antes da exibição

    -- Informar somente aspectos gerais do vídeo, CD ou DVD (autor, duração,prêmios). Não interpretar antes da exibição, não pré-julgar (para que cada um possa fazer a sua leitura).
    -- Checar o vídeo antes. Conhecê-lo. Testá-lo. Marcar as cenas mais relevantes.

    Durante a exibição-- Observar as reações dos alunos.
    -- Se for longo, fazer alguma pausa, explicando o contexto do que está acontecendo.

    Depois da exibição
    -- Rever as cenas mais importantes ou difíceis. Se o vídeo é complexo, exibi-lo uma segunda vez, chamando a atenção para determinadas cenas, para a trilha musical, diálogos, situações.
    -- Passar quadro a quadro as imagens mais significativas.
    -- Observar o som, a música, os efeitos, as frases mais importantes.


    Dinâmicas de análise

    A partir do trabalho com professores e alunos, apresentamos alguns caminhos - entre muitos possíveis - para a análise do vídeo em classe.

    1. Leitura em conjunto
    O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta junto com os alunos, a partir do que estes destacam ou perguntam. É uma conversa sobre o vídeo, com o professor como moderador.
    O professor não deve ser o primeiro a dar a sua opinião, principalmente em matérias controvertidas, nem monopolizar a discussão, mas tampouco deve ficar encima do muro. Deve posicionar-se, depois dos alunos, trabalhando sempre dois planos: o ideal e o real; o que deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo real).

    2. Leitura globalizante
    Fazer, depois da exibição, estas quatro perguntas:
    - Aspectos positivos do vídeo.
    - Aspectos negativos.
    - Idéias principais que passa.
    - O que vocês mudariam neste vídeo.
    Se houver tempo, essas perguntas serão respondidas primeiro em grupos menores e depois relatadas/escritas no plenário. O professor e os alunos destacam as coincidências e divergências. O professor faz a síntese final, devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam valores, que mostram como o grupo é).

    3. Leitura concentrada

    Escolher, depois da exibição, uma ou das cenas marcantes. Revê-las uma ou mais vezes.
    Perguntar (oralmente ou por escrito):
    - O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra).
    - O que dizem as cenas (significados).
    - Conseqüências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo).

    4. Leitura "funcional"
    Antes da exibição, escolher algumas funções ou tarefas (desenvolvidas por vários alunos):
    - O contador de cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos).
    - Anotar as palavras-chave.
    - Anotar as imagens mais significativas.
    - Caracterização dos personagens.
    - Música e efeitos.
    - Mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final).
    Depois da exibição, cada aluno fala e o resultado é colocado no quadro negro. A partir do quadro, o professor completa com os alunos as informações, relaciona os dados, questiona as soluções apresentadas.

    5. Análise da linguagem
    - Que estória é contada (reconstrução da estória).
    - Como é contada essa estória.
    i. O que lhe chamou a atenção visualmente.
    ii. O que destacaria nos diálogos e na música.
    - Que idéias passa claramente o programa (o que diz claramente esta estória).
    - O que contam e representam os personagens.
    - Modelo de sociedade apresentado.
    - Ideologia do programa.
    - Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos de antemão, sem discussão).
    - Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o trabalho, o amor, o mundo).
    - Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a estória.

    6. Completar o vídeo
    - Exibe-se um vídeo até um determinado ponto.
    - Os alunos desenvolvem, em grupos, um final próprio e justificam o porquê da escolha.
    - Exibe-se o final do vídeo.
    - Comparam-se os finais propostos e o professor manifesta também a sua opinião.

    7. Modificar o vídeo
    - Os alunos procuram vídeos e outros materiais audiovisuais sobre um determinado assunto.
    - Modificam, adaptam, editam, narram, sonorizam diferentemente. Criam um novo material adaptado a sua realidade, a sua sensibilidade.

    8. Vídeo produção

    - Contar em vídeo um determinado assunto.
    - Pesquisa em jornais, revistas, entrevistas com pessoas.
    - Elaboração do roteiro, gravação, edição, sonorização.
    - Exibição em classe e/ou em circuito interno.
    - Comentários positivos e negativos. A diferença entre a intenção e o resultado obtido.

    9. Vídeo espelho
    - A câmera registra pessoas ou grupos e depois se observa o resultado com
    comentários de cada um sobre seu desempenho e sobre o dos outros.
    - O professor olha seu desempenho, comenta e ouve os comentários dos
    outros.

    10. Outras dinâmicas interessantes


    Dramatizar situações importantes do vídeo assistido e discuti-las comparativamente. Usar a representação, o teatro como meio de expressão do que o vídeo mostrou, adaptando-o à realidade dos alunos.
    Um exemplo: alguns alunos escolhem personagens de um vídeo e os representam adaptando-os a sua realidade. Depois comparam-se os personagens do vídeo e os da representação, a estória do vídeo com a adaptada pelos alunos.

    Adaptar o vídeo ao grupo: Contar - oralmente, por escrito ou audiovisualmente - situações nossas próximas às mostradas no vídeo.

    Desenhar uma tela de televisão e colocar o que mais impressionou os alunos. O professor exibe num mural os desenhos e todos comentarão as coincidências principais e o seu significado.

    Comparar - principalmente em aulas de literatura portuguesa ou estrangeira - um vídeo baseado em uma obra literária com o texto original.
    Destacar os pontos fortes e fracos do livro e da adaptação audiovisual.


    Análise da informação na TV

    Um dos campos mais interessantes de utilização do vídeo para compreender a televisão na sala de aula é o da análise da informação, para ajudar professores e alunos a perceber melhor as possibilidades e limites da televisão e do jornal como meio informativo.

    O professor pode propor inicialmente algumas questões gerais sobre a informação para serem discutidas em pequenos grupos e depois no plenário.
    - Como eu me informo.
    - Que telejornal prefiro e por que.
    - O que não gosto deste telejornal e gostaria de mudar.
    - Que semelhanças e diferenças percebo nos vários telejornais.
    - Que análise faço dos dois principais jornais impressos.

    Pode-se fazer uma análise específica de um programa informativo da televisão (por exemplo, do Jornal Nacional) e de dois jornais impressos do dia seguinte. O professor pede a um dos alunos que anote a seqüência das notícias do telejornal e, a outro, que cronometre a duração de cada notícia.

    Depois da exibição, o professor pede que os alunos se dividam em grupos e que alguns analisem o telejornal e pelo menos dois analisem os jornais impressos (cada grupo um jornal).

    Questões para análise do telejornal
    - Que notícias chamaram mais a sua atenção (notícias que sensibilizaram mais, que marcaram mais). Por que.
    - Que notícias são mais importantes para cada um ou para o grupo. Por que.
    - O que considerou positivo nesta edição do telejornal (técnicas, tratamento de algumas matérias, interpretação...).
    - De que discorda neste telejornal (de algumas notícias em particular ou em geral).

    Questões para análise do jornal impresso
    - Notícias mais importantes para o jornal (quais são as mais importantes da primeira página). Que enfoque é dado?
    - Que notícias coincidem com o telejornal (a coincidência é total ou há diferenças de interpretação?).
    - Que notícias são diferentes do telejornal (notícias que o telejornal anterior não divulgou)?
    - Qual é a opinião do jornal nesse dia (análise dos editoriais, das matérias, que normalmente estão na segunda ou terceira página e não estão assinadas)?

    O professor pode reconstruir a seqüência das notícias por escrito na frente do plenário e pede ao cronometrista que anote a duração de cada matéria.

    Cada grupo coloca no plenário as respostas à primeira questão. O professor procura reconstruir com todos os alunos as notícias mais importantes para a emissora e para o jornal impresso. Vê as coincidências e as discrepâncias. Convém analisar a notícia mais importante com calma, exibindo-a de novo, observando a estrutura, as técnicas utilizadas, as palavras-chave, a interpretação. E assim vão respondendo às outras três questões, sempre confrontando a informação da televisão com a do jornal impresso, observando as omissões mais importantes.

    Com esta análise não se chega a uma visão de conjunto, mas se percebe a parcialidade na seleção das notícias, na ênfase dada, na relativização da informação, na espetacularização da televisão como uma das armas importantes para atrair o telespectador.


    A Informação a partir da Produção

    A análise também pode partir de uma dinâmica que utiliza a produção de um jornal pelo grupo utilizando o mesmo material informativo prévio. O coordenador grava um ou dois telejornais da mesma noite e adquire alguns exemplares de dois ou três jornais impressos do dia seguinte.

    Os grupos recebem os mesmos jornais impressos. Cada grupo elaborará um noticiário radiofônico, de cinco minutos, a partir dos jornais, seguindo a ordem que achar mais conveniente.

    Cada grupo grava o seu noticiário ou o lê como se fosse ao vivo. Pede-se a alguns participantes que anotem a seqüência das notícias, a sua duração e as palavraschave de cada notícia. Colocam-se esses dados em público - num quadro negro ou cartolina. Discute-se no plenário as coincidências e diferenças de cada grupo na seleção e tratamento do mesmo material informativo inicial.

    Numa segunda etapa os alunos relatam acontecimentos que presenciaram - pessoalmente ou que conhecem bem- e os comparam a como apareceram nos jornais e na televisão.

    Esta técnica enriquece a análise com o processo de seleção de cada grupo. Exemplifica os mecanismos envolvidos no tratamento da informação mais clara mente porque são percebidos na análise da própria produção. De outro lado, as interferências ideológicas no processo de escolha também se mostram mais evidentes. De qualquer forma, mais que a análise de um programa, o importante é tornar a pessoa mais atenta a todo o processo informativo, às mediações conjunturais e do processo de produção da indústria cultural que interferem nos resultados informativos.

    Os alunos também podem fazer um pequeno jornal impresso ou em vídeo, com notícias das aulas e da vida deles. Depois, o professor discute com os alunos como foi o processo de seleção das notícias e de produção do jornal ou telejornal.


    Texto original 
    E-Proinfo

    Openshot

    Tutoriais: